Reafirmando seu compromisso de manter o diálogo com a população ao buscar soluções para reduzir os impactos das chuvas na vida das pessoas, a Prefeitura de Contagem se reuniu na terça-feira (5/8) com os moradores da Vila Samag. O evento, realizado na quadra da Escola Municipal Lígia Magalhães, no bairro Cidade Industrial, teve como objetivo apresentar os caminhos possíveis para as negociações de desapropriação com os moradores das vilas Samag, São Vicente e Santo Antônio. A proposta é remover as famílias das áreas mais afetadas antes do próximo período de chuvas, previsto para iniciar em outubro.
“Esse conjunto de iniciativas apresentadas aqui indica que, a partir de agora, começam as negociações para o processo de remoção, seja para o proprietário, morador ou comerciante local. Para cada uma dessas situações, nós temos um conjunto de benefícios a oferecer. Em fevereiro, nós estivemos aqui e nos comprometemos em cumprir o cronograma, para que não tivéssemos problemas no próximo período de chuvas. Estamos trabalhando para isso”, afirmou a prefeita Marília Campos.
Uma equipe da Secretaria de Obras apresentou informações que compõem o Plano Diretor de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais (PDDUMAP), que fazem uma projeção do alcance das manchas de inundações nos próximos anos. Esse estudo embasou as definições de quais casas estão sob maior risco e, dessa forma, indicam quais famílias têm prioridade no processo de remoção.
“Foi à partir desse estudo técnico que a Secretaria de Obras definiu por onde começaria o cadastro técnico das moradias e o levantamento socioeconômico das famílias, para iniciar o processo de remoção. Nosso objetivo é retirar as famílias das áreas de maior risco primeiro, para elas ficarem em segurança no período de chuvas, seguindo com o trabalho de negociação e desapropriação, até toda a área onde serão construídas as bacias de contenção estar liberada”, explicou o Secretário de Obras, Rômulo Perilli.
Negociação humanizada e apoio às famílias
O momento mais esperado pelos moradores foi a apresentação das possibilidades que a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, pretende oferecer nas negociações com as famílias. “Quando for finalizado o cadastro socioeconômico das 140 famílias prioritárias, vamos iniciar as negociações, previstas para ocorrer ainda neste mês de agosto. A primeira etapa será com as famílias das vilas Samag e Santo Antônio, que estão sob maior risco”, afirmou a secretária de Habitação, Mônica Bedê.
“É um conjunto de possibilidades e benefícios para esta negociação, que atendem tanto os proprietários, sejam moradores ou não, quanto os inquilinos e comerciantes dessas áreas. Alguns desses benefícios já existem e estão sendo atualizados, também estamos criando outros para serem enviados à aprovação da Câmara Municipal como projeto de lei. Nosso objetivo é oferecer alternativas para amparar as famílias e elas estarem fora das vilas nas próximas chuvas”, explicou a secretária.
Para Vanda Maria, que é moradora da Vila Santo Antônio há quase 50 anos e faz parte da comissão formada por moradores para acompanhar o processo de desapropriação, a reunião foi muito boa. “As coisas estão começando a caminhar e, se Deus quiser, vai dar tudo certo. Estamos depositando nossa confiança na Prefeitura, para cumprir o prazo e resolver antes das chuvas”, afirmou.
Denildo Coelho, morador da Vila Samag há mais de 25 anos, reforçou a importância da presença das pessoas na reunião. “Muitos não participam e depois ficam com dúvidas sobre o que está sendo feito. As informações que eles passaram aqui todos deveriam saber, para tudo fluir certo. A reunião foi muito boa e Deus vai nos abençoar com essa mudança, porque esse povo está no sofrimento aqui e isso precisa ser resolvido”, reforçou.
Bacias de Contenção
No local onde hoje estão as vilas Samag, Santo Antônio e São Vicente, serão construídas duas bacias de contenção, B7B e B7C, que vão integrar o plano de obras para a redução dos impactos das chuvas na região. O projeto já foi desenvolvido com recursos do Ministérios das Cidades, aguardando agora a liberação das verbas para a indenização das famílias e também para o início das obras. A previsão é de que o investimento seja de R$ 145 milhões.
Se o recurso for aprovado, como se espera, as desapropriações iniciam agora em agosto e as obras em março de 2026. O prazo previsto para a construção das duas bacias é de aproximadamente dois anos. “O governo federal me garantiu o recurso para fazer o projeto, isso indica que concordam com essa intervenção aqui. Eu vou a Brasília e estou muito otimista em voltar de lá com essa verba aprovada, para podermos pagar todas as indenizações e garantir os benefícios para vocês saírem daqui com tranquilidade”, concluiu Marília Campos.
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